Na última quarta-feira (17) quem esteve aqui em Caruaru foi a jornalista, empresária e renomada consultora de moda Glória Kalil, para dar a palestra Rumos da Moda - O consumidor, a Indústria e o Varejo, que aconteceu no Teatro do Shopping Difusora.
Logo quando começaram a anunciar a vinda dela, foi o maior burburinho. Claro, quem que não ama moda, não queria ir a uma palestra de Kalil? O fato é: quem foi achando que ela ia dar dicas de moda, etiquetas e etc, saiu de lá frustrado, culpa que não foi dela, já que estava bem claro "O consumidor, a Indústria e o Varejo", a palestra foi voltada realmente para empresários, funcionários e só!
Ela não falou por muito tempo,
foi ultra sincera ou seca demais em alguns aspectos e exemplos que dizem respeito ao Brasil, mas enfim, pra quem não foi, vou fazer um resumão do que foi a palestra de Kalil.
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Começou se apresentando, quem era ela e com que trabalha e já trabalhou, citou muito a marca Fiorucci onde foi diretora de confecções por muito tempo, depois começou a falar sobre os três elos
"O consumidor, a Indústria e o Varejo".
O consumidor : "
Os consumidores hoje estão com a faca e o queijo na mão e sabem disso", foi uma das frases dita por ela ao falar desse elo, afirmando que hoje é o consumidor que manda, que querem novidades o tempo todo, querem ter personalidade e estilo, procuram por roupas que sejam a cara deles, que os representem .
A indústria- É um elo complicado, pois está cada vez com mais concorrentes, principalmente concorrentes internacionais, "
todas as marcas do mundo estão de olho no Brasil". O setor de luxo está crescendo, a classe AA está sendo abastecida pelas marcas de fora e a classe C D, cada vez comprando mais e também mais exigente está sendo abastecida pela China.
Ela disse que não temos marcas nem preços para exportar, temos apenas uma marca que exporta que é as havaianas, porém ela esqueceu de uma gigante brasileira que está invadindo lá fora, a Carmen Steffens que está apenas em 16 países.... OOOOOOOOOOOOI? Enfim!
O Varejo ela alertou que marcas baratas e populares também estão chegando e o comércio será atigindo, ou sejam devem começar a se preparar, a melhorar para poderem competir com essas marcas.
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A minha opinião é; acho que ela tá certa em alguns pontos, a concorrência está sim, acirradíssima, não só com marcas de fora, mas as brasileiras mesmo, estão brigando entre si,
por espaço e preferência. Concordo quando ela citou a questão do atendimento e que hoje as empresas não podem ter mais vendedores e sim consultores de vendas, ou melhor,
DE MODA. Concordo também com o que ela disse que as marcas de fora estão querendo engolir o Brasil, e que se as marcas brasileiras não tiverem cuidado serão engolidas. Não ia adiantar ela dizer que as marcas brasileiras são lindas e maravilhosas e daqui a uns anos as internacionais chegarem e as da gente dançar, tem mais é que abrirem os olhos e fazer melhor do que já fazem.
E o que não achei legal foi o valor que ela mesma, como brasileira deu para fora, tá tudo bem, lá tem Chanel, Dior, Gucci e etc, mas aqui também tem marcas ótimas e renomadas, então me pergunto... o problema está com as marcas que não estão ao alcance de uma Chanel, ou dos próprios consumidores brasileiros que dão mais valor o que é de fora, por melhor que seja o produto da casa?
Fica minha dúvida.
As perguntas do final da palestra foram muito boas e inteligentes e sendo sobre dicas de moda como a gente gosta, ou não, para mim valeu a pena assistir uma palestra de
Glória Kalil.